Pais condenados por morte de bebé alimentado apenas com "leite vegetal"

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Casal rejeitou consultar médico apesar de desidratação e subnutrição da criança

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A justiça belga condenou um casal, adepto das medecinas alternativas, pela morte do filho, um bebé de sete meses alimentado exclusivamente com o chamado “leite vegetal”.

O homem e a mulher, proprietários de um supermercado biológico, foram condenados a seis meses de prisão com pena suspensa por recusarem consultar um médico, apesar do estado avançado de desidratação e malnutrição da criança, que pesava seis quilos antes de falecer há três anos.

Segundo a juiza do tribunal de Dendermonde, na região da Flandres, Mieke Butstraen:

“Os acusados agiram de forma frívola e permitiram que as suas convições sobre nutrição e cuidados médicos fossem mais importantes que a saúde do filho, com todas as consequências que isto implica. Parece que trataram o filho com a melhor das intenções, mas as suas convicções puseram em risco a saúde do bebé conduzindo à sua morte”.

A advogada de defesa do casal, Karine Van Meirvenne, contesta a alegada falta de assistência ao bebé, embora reconheça que a pena suspensa é justa face a outra pena bem mais grave, reconhecida também pelo tribunal:

“Claro que têm remorsos, quando um filho morre é já uma pena perpétua, eles já têm essa pena, a da morte do filho”.

Os chamados “leites vegetais” são apresentados como uma alternativa ao leite de vaca, embora não contenham as mesmas propriedades necessárias a crianças de tenra idade.

Os pais alegavam que a criança seria intolerante ao leite para bebés.

O casal tinha consultado um pediatra homeapata que os reencaminhou para as urgências hospitalares, onde a criança viria a sucumbir, em 2014.

A sentença foi pronunciada no mesmo dia em que o Tribunal de Justiça da UE determinou, esta quarta-feira, que o leite de soja não se pode vender como produto lácteo, em resposta a um processo de uma associação alemã contra uma empresa especializada em produtos vegetais substitutos dos produtos lácteos.

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