Itália: Morte de criança faz governo tomar medidas sobre vacinas

Itália: Morte de criança faz governo tomar medidas sobre vacinas
De  Ricardo Figueira
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O decreto inclui uma lista de 12 vacinas obrigatórias e outras fortemente recomendadas.

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A morte de uma criança de seis anos, em Itália, veio relançar o debate sobre a vacinação e os pais que recusam vacinar os filhos. A criança morreu num hospital de Monza, no norte do país, vítima de uma leucemia aliada ao sarampo. Não era vacinado e foi contagiado pelos irmãos, também não vacinados e doentes de sarampo.

O governo italiano vai apresentar um decreto para aumentar o número de vacinas pagas pelo Estado. Inclui uma lista de 12 vacinas obrigatórias e outras fortemente recomendadas. A euronews falou via telefone com Roberto Burioni, imunologista que milita pela vacinação obrigatória universal: “Pedir a liberdade de vacinar ou não as crianças é o mesmo que pedir a liberdade de andar na autoestrada a 300 quilómetros/hora. É perigoso não só para si e parta os seus passageiros, como também para os outros”, disse o médico.

Para Burioni, o principal inimigo das vacinas está no interior da própria classe médica, nomeadamente os médicos que divulgam pretensas informações, não comprovadas, sobre os perigos das vacinas: “A primeira coisa a fazer é agir contra os médicos que divulgam informações falsas e perigosas. Esses médicos devem ser proibidos de exercer a profissão. Um médico não deve dar aos pacientes informações perigosas para eles e para os outros”.

Esta polémica surge depois de um surto de sarampo em vários países da Europa, incluindo Portugal, causado pela falta de vacinação. Em Portugal registaram-se pelo menos 31 casos de sarampo este ano, mais de metade dos quais em pessoas não vacinadas. O surto culminou com a morte de uma jovem de 17 anos em abril e fez com que o governo tenha emitido um despacho a obrigar as escolas a comunicar aos delegados de saúde os casos de alunos sem as vacinas em dia.

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