ONU responsabiliza partes em conflito por epidemia de cólera

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De  Antonio Oliveira E Silva
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A epidemia matou mais de 1700 pessoas desde abril. Nações Unidas temem que números aumentem de forma rápida.

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A epidemia de cólera que afeta o Iémen já matou mais de 1700 pessoas desde abril, segundo dados da Organização das Nações Unidas, tendo sido registados, segundo a Organização Mundial da Saúde mais de 320 mil casos todo o país.

A ONU diz que a epidemia afeta pelo menos 21 das 23 províncias do país árabe e tem vindo a aumentar devido aos casos de fome que se registam um pouco por todo o território, castigado por uma guerra civil que dura há mais de dois anos.

As Nações Unidas criticam, no entanto as partes em conflito, assim como os aliados estrangeiros, por “terem contribuído para a atual situação”, ao terem impedido, de forma intencional, o acesso de civis a cuidados de saúde e à necessária assistência humanitária.

Millions of people prevented from receiving aid by parties to conflict. Immoral, unlawful and unacceptable. We need access now.

— Stephen O’Brien (@UNReliefChief) 1 de março de 2017

Na passa quarta-feira, Stephen O’Brien, Secretário-geral-adjunto para Assuntos Humanitários das Nações Unidas, disse ao Conselho de Segurança que o número de mortos deveria subir, já que a ajuda às populações era dificultada de forma intencional, especialmente nas áreas mais remotas do Iémen.

Operações de limpeza num país devastado pela guerra

Este domingo, as autoridades decidiram remover lixo das ruas da capital Sanaa, assim como proceder à limpeza de zonas com acumulação de lixos e remoção de água estagnadas, numa tentativa de controlar a epidemia. Foram também aplicados pesticidas nas ruas da capital do país. A operação é organizada pelo Estado iemenita em cooperação com as autoridades da província de Sanaa.

O Iémen vive uma mortífera guerra civil, conflito que sofreu, em 2015, uma intervenção da parte de uma coligação liderada pela Arábia Saudita, que prestou apoio às forças que combatem os rebeldes xiitas houthis, apoiados pelo Irão, grande rival dos sauditas e contra os quais luta pela supremacia na região.

My #UNSC remarks today on the brutal, man-made crisis in #Yemen – humanity cannot continue to lose to politics: https://t.co/9ASm14mvA2pic.twitter.com/kkcn3eQFSc

— Stephen O’Brien (@UNReliefChief) 12 de julho de 2017

O Iémen depende fortemente do mercado de exportações para satisfazer as necessidades alimentares da população. A ONU considera o país árabe como uma das prioridades atuais em termos de crises humanitárias.

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