Maduro critica apelo internacional para suspender convocatória de Constituinte

Maduro critica apelo internacional para suspender convocatória de Constituinte
De  Pedro Sacadura com REUTERS
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Oposição anuncia formação de Governo de Unidade Nacional e greve.

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Em nome da independência e da soberania, Nicolás Maduro assegurou que a convocatória de uma Assembleia Nacional Constituinte é para manter. A partir do Palácio Presidencial, o chefe de Estado da Venezuela reagiu aos apelos de suspensão do processo por parte da União Europeia e disse, a plenos pulmões, que a Venezuela não recebe instruções.

“Esta segunda-feira foi Federica Mogherini, a Alta Representante da União Europeia para a Política Externa, a dar ordens ao Governo da Venezuela. Insolente. (…) A Venezuela é um país livre e soberano. Ninguém dará ordens porque na Venezuela são os venezuelanos quem manda. Federica Mogherini equivocaste-te com o país. A Venezuela não é uma colónia da União Europeia”, contra-atacou Maduro.

Presidente NicolásMaduro: “Hoy salió Federica Mogherini, canciller de la UE a darle órdenes al gobierno de Venezuela: ¡insolente!” <a href="https://t.co/ndkDlnUvjD">pic.twitter.com/ndkDlnUvjD</a></p>— Prensa Presidencial (PresidencialVen) July 17, 2017

Depois de conseguir um voto massivo contra as eleições para a Assembleia Constituinte, através de um referendo simbólico realizado este domingo, a oposição venezuelana convocou uma greve para a próxima quinta-feira, para pressionar Maduro a recuar.

“Convocamos todo o país a realizar esta quinta-feira, em protesto massivo e sem violência, uma greve cívica nacional ativa de 24 horas como mecanismo de pressão”, apelou Freddy Guevara, vice-presidente do Parlamento.

Ojo: Paro Cívico del jueves NO puede ser solo empresarios. El país es de todos y TODOS debemos garantizar que se paralice Vzla el jueves

— Freddy Guevara (@FreddyGuevaraC) July 17, 2017

Guevara anunciou ainda que esta quarta-feira os partidos da coligação opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) assinarão um compromisso para formar um futuro “Governo de unidade nacional.” Se o Governo voltar atrás na convocatória da eleição de 30 de julho estará aberta a via do diálogo.

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