Maduro critica apelo internacional para suspender convocatória de Constituinte

Maduro critica apelo internacional para suspender convocatória de Constituinte
De  Pedro Sacadura  com REUTERS

Oposição anuncia formação de Governo de Unidade Nacional e greve.

Em nome da independência e da soberania, Nicolás Maduro assegurou que a convocatória de uma Assembleia Nacional Constituinte é para manter. A partir do Palácio Presidencial, o chefe de Estado da Venezuela reagiu aos apelos de suspensão do processo por parte da União Europeia e disse, a plenos pulmões, que a Venezuela não recebe instruções.

“Esta segunda-feira foi Federica Mogherini, a Alta Representante da União Europeia para a Política Externa, a dar ordens ao Governo da Venezuela. Insolente. (…) A Venezuela é um país livre e soberano. Ninguém dará ordens porque na Venezuela são os venezuelanos quem manda. Federica Mogherini equivocaste-te com o país. A Venezuela não é uma colónia da União Europeia”, contra-atacou Maduro.


Depois de conseguir um voto massivo contra as eleições para a Assembleia Constituinte, através de um referendo simbólico realizado este domingo, a oposição venezuelana convocou uma greve para a próxima quinta-feira, para pressionar Maduro a recuar.

“Convocamos todo o país a realizar esta quinta-feira, em protesto massivo e sem violência, uma greve cívica nacional ativa de 24 horas como mecanismo de pressão”, apelou Freddy Guevara, vice-presidente do Parlamento.


Guevara anunciou ainda que esta quarta-feira os partidos da coligação opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) assinarão um compromisso para formar um futuro “Governo de unidade nacional.” Se o Governo voltar atrás na convocatória da eleição de 30 de julho estará aberta a via do diálogo.

Notícias relacionadas