Ministério Público justifica recolha de corpos

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Ministério Público considerou autópsias "essênciais para a investigação"

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O Ministério Público não recebeu “qualquer declaração de óbito” das duas vítimas mortais do surto de ‘legionella’, em Lisboa, explicando que, por isso, teve de solicitar as autópsias, que “são essenciais” para a investigação.

“O Ministério Público decidiu, esta terça-feira e por iniciativa própria, face às notícias vindas a público sobre surto de ‘legionella’ e suas consequências, instaurar um inquérito. Tendo sido noticiadas mortes, entendeu-se, desde logo, que a realização de autópsia e de perícias médico-legais eram essenciais para a investigação em curso”, refere a Procuradoria-Geral da República num comunicado enviado à agência Lusa.

O Ministério Público explica que, não tendo recebido “qualquer comunicação de óbito relacionada com esta matéria”, teve necessidade de recolher elementos que “permitissem identificar as vítimas, bem como as circunstâncias que rodearam as mortes, designadamente o local onde ocorreram”.

“Uma vez obtidos esses elementos, o Ministério Público foi, igualmente, informado de que os corpos já haviam sido entregues às famílias”, explica a nota.

Assim, o Ministério Público decidiu ordenar o encaminhamento dos corpos para o Instituto de Medicina Legal.

“Consciente da sensibilidade da situação, o Ministério Público não pode deixar de lamentar o ocorrido bem como o sofrimento que daí resultou para os familiares das vítimas”, conclui.

O corpo de uma das vítimas mortais do surto de ‘legionella’ no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, foi recolhido pela PSP quando já estava a decorrer o velório em Campo de Ourique, por ordem do DIAP, disse à Lusa fonte policial.

Fonte do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa confirmou à Lusa que a recolha do corpo foi efetuada quando já estava a decorrer o velório, na Igreja de Santo Condestável, em Campo de Ourique, Lisboa.

“Confirmo essa situação. O DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Lisboa ordenou a recolha do corpo para autópsia no Instituto de Medicina Legal”, afirmou.

Segundo a mesma fonte, a situação “foi desconfortável”, mas teve que ser cumprida.

“Dizer que é uma situação muito sensível é pouco e foi difícil de gerir. Foi desconfortável, mas teve de se cumprir. As pessoas estavam desagradadas com a situação, o que é natural, mas não houve problemas de maior”, disse a PSP.

Fonte do Comando Nacional da PSP também confirmou à Lusa que o corpo foi recolhido durante o velório, explicando que se tratou de cumprir um “procedimento obrigatório”.

O Ministério Público ordenou igualmente a autópsia ao corpo da outra vítima mortal, o que originou que a data das cerimónias fúnebres tivesse de ser alterada, disse à Lusa fonte da família.

Este recente surto, já provocou duas mortes, um homem e e uma mulher, e pelo menos 35 infetados.

Com Agência LUSA

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