Europeus urgem Trump a manter acordo nuclear com Irão

Chefe da diplomacia da UE com homólogos de França, Alemanha e Reino Unido
Chefe da diplomacia da UE com homólogos de França, Alemanha e Reino Unido Direitos de autor REUTERS/Francois Lenoir
De  Isabel Silva com Lusa
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A União Europeia volta a dizer que o acordo nuclear com o Irão "funciona e deve manter-se", num recado para o Presidente dos EUA que vai, em breve, dizer se mantém ou não o apoio ao documento assinado em 2015.

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A União Europeia considera que o acordo nuclear com o Irão "funciona e deve manter-se". 

A posição foi reiterada numa reunião com o chefe da diplomacia do Irão, Mohammad Javad Zarif, quinta-feira, em Bruxelas, na qual participaram a Alta Representante da União Europeia para a Política Externa, Federica Mogherini, e os ministros dos Negócios Estrangeiros de França, Alemanha e Reino Unido.

É, sobretudo, um recado para o Presidente dos EUA, Donald Trump, que vai decidir, brevemente, sobre a reativação de sanções ao país. 

"Este acordo de não proliferação nuclear é essencial e não existe alternativa. É importante que todas as partes interessadas respeitem esse compromisso comum e, portanto, que os nossos aliados norte-americanos também o respeitam", disse o ministro francês, Jean-Yves Le Drain, na conferência de imprensa.

O acordo de 2015 levou a uma aproximação política e económica ao Ocidente e a União Europeia quer continuar a desenvolver a recente parceria diplomática no Médio Oriente. 

"Em paralelo, devemos concentrar-nos no que o Irão pode fazer para ajudar a resolver a crise no Iémen, para ajudar a promover a paz na Síria e a resolver outras questões na região", referiu o governante britânico, Boris Johnson.

O Irão insistiu em diversas ocasiões que não será o primeiro a violar o acordo, mas advertiu que poderá regressar rapidamente ao seu programa nuclear se as outras partes anularem o acordo.

REUTERS/Francois Lenoir

A vontade de proteger o acordo é tal que os atuais protestos populares no Irão não foram mencionados na conferência de imprensa, por serem considerados um problema interno iraniano. 

Mas alguns expatriados que vivem em Bruxelas protestaram no exterior do edifício contra a detenção de críticos do regime.

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