ONU denuncia que limpeza étnica dos rohingya em Myanmar persiste

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Assistente do secretário-geral das Nações Unidas para os Direitos Humanos esteve de visita ao vizinho Bangladesh para constatar a situação no terreno

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Sem fim à vista, o êxodo de elementos da minoria muçulmana rohingya que fogem da violência em Myanmar prossegue.

De visita ao Bangaldesh, o assistente do secretário-geral da ONU para os Direitos Humanos esteve em Cox Bazaar, onde vivem em acampamentos mais de 600 mil refugiados.

Andrew Gilmour referiu que do que pôde ver e ouvir no terreno, a limpeza étnica continua no estado de Rakhine, oeste de Myanmar: "O que está a acontecer neste momento é que não só continuam a matar-se pessoas, como continua a haver violações em larga escala. Não só se está a obrigar as pessoas a sair com recurso à força e às ameaças como parece haver uma tentativa quase sistemática de destruir os meios futuros de subsistência."

O responsável alertou para o impacto da falta de acesso à educação por parte dos mais jovens e profetizou consequências ainda mais negras.

"Não estou convencido, nem por um momento, com a narrativa de uma população radical que alguns dos responsáveis pela limpeza étnica têm vindo a divulgar. Mas não deixa de ser uma profecia auto concretizável. Se as pessoas se encontrarem em condições tão difíceis e privadas de qualquer esperança seguramente que se vão radicalizar", acrescentou Gilmour.

O responsável da ONU ressalva que a violência sofreu uma redução mas persiste. Desde agosto, quando o exército de Myanmar encetou uma ofensiva em resposta ao assalto armado de um grupo rohingya rebelde, mais de 700 mil pessoas fugiram de Myanmar para o vizinho Bangladesh.

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