Burros africanos ameaçados de extinção

Burros esfolados no Quénia
Burros esfolados no Quénia
Direitos de autor 
De  Joao Duarte Ferreira
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A pele dos burros conteria um ingrediente essencial para a medicina tradicional chinesa

PUBLICIDADE

O roubo e contrabando de burros em várias partes de África está a colocar esta espécie em perigo.

Burros roubados, abatidos e esfolados, tudo por causa da pele pois conteria um ingrediente essencial utilizado na medicina tradicional chinesa e muito procurado pelas mulheres para o tratamento de problemas de saúde que vão desde dores menstruais até problemas de sono.

"Vendemos todos os produtos feitos com gelatina de burro. Eles são produzidos pela companhia de gelatina Dong'e e o principal alvo são as mulheres mas também é bom para os rins dos homens. Enriquece o sangue das mulheres também", afirma uma vendedora chinesa na localidade de Dong'e, localidade chinesa na província de Shandong.

Em apenas uma década, a população de burros na China caiu para metade, são agora 5,5 milhões. A oferta não satisfaz a procura daí a necessidade de recorrer a África. Para as comunidades locais, isto representa um problema que é agravado pelo aumento do roubo e contrabando destes animais. Isto apesar de 14 países africanos já terem proibido a exportação de peles de burro.

"Outro problema é que os burros são animais que levam muito tempo para reproduzir. A gravidez demora um ano e do nascimento até atingirem a idade de reprodução são quase três anos", adianta o veterinário Calvin Solomon Onyango, gestor de programa do Santuário dos Burros no Quénia.

Neste santuário para burros no Quénia, a solução é simples. Há que proibir totalmente o comércio em peles de burros antes deste espécie entrar em extinção no continente, ou mesmo a nível mundial.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Jardim zoológico francês anuncia nascimento de um orangotango de Bornéu

Albinos do Malaui em risco de extinção, segundo a ONU

Chanceler alemão pede à China mais abertura económica