O adjunto de Carlos Queiroz, na seleção iraniana, acredita que é possível ultrapassar a fase de grupos do Mundial de Futebol da Rússia, ainda que o coração grite Portugal.
Depois da vitória sobre Marrocos, por um a zero, um auto-golo do adversário, o Irão ocupa o primeiro lugar do grupo B no Mundial de Futebol da Rússia mas tem agora pela frente dois adversários de peso: Espanha e Portugal.
Contra a Armada lusa terá, talvez, o duelo mais importante ou não fossem o treinador da seleção, Carlos Queiroz, e o seu adjunto, Oceano Cruz, portugueses. Coração ou razão, a segunda tem de pesar mais:
"Quando o nosso coração fala alto e quando toca, em português, o nosso coração fala o mais alto possível, toca e toca-nos a sério, é um hino que eu defendi durante muitos anos. Portanto, temos de nos agarrar ao lado profissional. O coração vai continuar a bater sempre, sempre por Portugal, mas há que ser profissional e, nesse aspeto, temos de tentar agarrar-nos ao nosso lado profissional para poder superar essa fase", diz o técnico-adjunto da seleção do Irão.
Ultrapassar a fase de grupos não é tarefa fácil, mas Oceano acredita que é possível e é para isso que a seleção iraniana vai trabalhar:
"Nós queremos continuar a sonhar, queremos continuar a acreditar que é possível fazer história com esta seleção do Irão, ou seja, que é possível passar à próxima fase. E é com esse pensamento, com a qualidade dos nossos jogadores e o trabalho que temos feito até agora, que queremos acreditar que é possível passarmos à fase seguinte", explica Oceano.
Acreditar e trabalhar para isso. Primeiro o Irão tem pela frente Espanha, já esta quarta-feira, depois tem os atuais campeões da Europa. O embate contra Portugal acontece a 25 de junho.