Stefan DeVries: "Sistema europeu de asilo prejudica Grécia e Itália"

Stefan DeVries: "Sistema europeu de asilo prejudica Grécia e Itália"
Direitos de autor 
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Segundo o analista político Stefan DeVries, a Grécia e a Itália são "desproporcionalmente impactados" pela crise dos migrantes por causa do atual sistema de asilo da União Europeia. As declarações foram feitas numa entrevista à Euronews.

PUBLICIDADE

O analista político, Stefan DeVries, explicou à euronews como funciona o atual regulamento chamado Dublin 3. Uma vez chegado à Europa, o refugiado tem que pedir asilo no país onde entra, não pode escolher o país de destino. Tem que esperar que o seu processo de asilo tenha sido tratado.

"É claro que, dentro da Europa, é muito fácil viajar, na medida em que, teoricamente, não há controlos de fronteiras, por isso, muitas pessoas chegam ao sul da Europa - Itália e Grécia - e vão para o Norte e ficam lá. Esses países de segundo destino, digamos, - a Holanda, a Alemanha, a Escandinávia... - na verdade, têm que mandá-los de volta para a Itália ou Grécia. E é aqui que surge o problema, porque é claro que a Itália e a Grécia são os mais próximos dos países de onde provém a maioria dos refugiados, por isso, são desproporcionalmente impactados pelo sistema. Todos concordam que isso já não funciona e que é necessária uma completa restruturação do sistema, mas a questão é: como? Porque há tantas opiniões diferentes sobre esta crise que é muito difícil encontrar um acordo e eu não vejo que isso seja possível na próxima semana, ou seja, na Cimeira Europeia", afirma.

A próxima cimeira europeia decorre a 28 e 29 de junho. DeVries diz que a UE está a tentar regular o processo de asilo no continente há quase duas décadas e hoje encontra-se perante um paradoxo: "O gabinete do asilo europeu, em Malta, divulgou ontem novas estatísticas sobre o número de imigrantes que chegam e, na verdade, os números estão a baixar, 44% menos que no ano passado. Ou seja, estamos a falar muito sobre o assunto, mas, na realidade, o número de refugiados está a diminuir acentuadamente", conclui.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Só em janeiro, Canárias receberam mais migrantes do que na primeira metade de 2023

Lampedusa está sobrecarregada depois de receber mais de 1000 migrantes em 24 horas

Finlândia prolonga indefinidamente encerramento da fronteira com a Rússia