A oposição ao presidente turco criou uma frente comum liderada pelo Partido Republicano do Povo.
No poder há dezasseis anos, Recep Tayyip Erdogan é o grande favorito à vitória nas eleições deste domingo. Apesar de todas as críticas, o atual chefe de Estado da Turquia obtém, segundo as sondagens, entre 45 e 49% dos votos, um resultado que obrigaria no entanto a uma segunda volta.
No mesmo dia das presidenciais, vota-se para o parlamento. O AKP, Partido da Justiça e Desenvolvimento poderá perder a maioria. Desta vez, a formação islamista conservadora de Recep Tayyip Erdogan não concorre sozinha, aliou-se aos ultranacionalistas do MHP que segundo as sondagens deverão obter cerca de 5% dos votos.
A oposição criou uma frente comum. A "Aliança da Nação" é liderada pelo Partido Republicano do Povo. O candidato da formação de centro-esquerda - herdeira dos valores do antigo presidente Mustafa Kemal Atatürk e fundador da Turquia moderna - é um antigo professor. Muharrem Ince é o candidato mais provável se houver uma segunda volta.
A aliança da oposição conta também com a direita nacionalista, que se faz representar pela antiga ministra do interior. Meral Akşener é a única mulher candidata às presidenciais.
A lista de opositores é bastante heterogénea e conta ainda com os islamistas do Partido da Felicidade e com os conservadores do Partido Democrata. Todos diferentes, mas, todos unidos contra Erdogan.
De fora da coligação fica o Partido Democrático do Povo. Vários dirigentes da formação pró-curda encontram-se detidos acusados de apoiarem organizações terroristas.