Mais de 60 milhões votam numas antecipadas que poderiam consolidar o poder de Erdoğan

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De  António Oliveira e Silva com ´Reuters e Anadoulou
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Os críticos do presidente acusam-no de capitalizar sentimentos nacionalistas e de esquecer os problemas económicos da Turquia.

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São mais de 60 milhões os eleitores turcos chamados às urnas este domingo na Turquia, numas eleições presidenciais e parlamentares antecipadas convodadas pelo presidente Recep Tayyip Erdoğan.

Para além de um novo presidente, os turcos votam para 600 lugares da Grande Assembleia Nacional da Turquia - antes da reforma constitucional de 2017, eram 550 lugares.

A aliança liderada pelos islamistas do AKP, Partido da Justiça e do Desenvolvimento, de Tayyip Erdoğan, é favorita.

Espera-se que a aliança liderada por Muharrem Ince, do Partido Republicano do Povo, o CHP, direita secular, seja a segunda mais votada.

Uma aliança heterogénea e improvável, que inclui nacionalistas e islamistas, críticos com a gestão de Tayyip Erdoğan e com partidos como o Partido da Felicidade, o Saadet e o Partido Bom, o Iyi.

Meral Akşener é a mulher forte do partido nacionalista Iyi. Antiga ministra da Administração Interna, Akşener é muito popular. O seu partido bebe do imaginário do poderio do antigo Império Otomano.

Selahattin Demirtaş, de origem curda, é o candidato do Partido Democrático do Povo, o HDP, de esquerda. Está preso e aguarda julgamento, acusado de terrorismo por Ancara. 

Temel Karamollaoğlu é o candidato dos conservadores do Saadet, o Partido da Felicidade.

Partilha as raizes conservadoras com o AKP, opoe-se às politicas de Erdoğan.

Os críticos do presidente turco acusam-no de convocar eleições antecipadas para capitalizar os sentimentos nacionalistas na Turquia depois das vitórias militares na Síria.

O escrutínio serviria também para a consolidação do poder presidencial, depois da reforma constitucional do ano passado.

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