Os críticos do presidente acusam-no de capitalizar sentimentos nacionalistas e de esquecer os problemas económicos da Turquia.
São mais de 60 milhões os eleitores turcos chamados às urnas este domingo na Turquia, numas eleições presidenciais e parlamentares antecipadas convodadas pelo presidente Recep Tayyip Erdoğan.
Para além de um novo presidente, os turcos votam para 600 lugares da Grande Assembleia Nacional da Turquia - antes da reforma constitucional de 2017, eram 550 lugares.
A aliança liderada pelos islamistas do AKP, Partido da Justiça e do Desenvolvimento, de Tayyip Erdoğan, é favorita.
Espera-se que a aliança liderada por Muharrem Ince, do Partido Republicano do Povo, o CHP, direita secular, seja a segunda mais votada.
Uma aliança heterogénea e improvável, que inclui nacionalistas e islamistas, críticos com a gestão de Tayyip Erdoğan e com partidos como o Partido da Felicidade, o Saadet e o Partido Bom, o Iyi.
Meral Akşener é a mulher forte do partido nacionalista Iyi. Antiga ministra da Administração Interna, Akşener é muito popular. O seu partido bebe do imaginário do poderio do antigo Império Otomano.
Selahattin Demirtaş, de origem curda, é o candidato do Partido Democrático do Povo, o HDP, de esquerda. Está preso e aguarda julgamento, acusado de terrorismo por Ancara.
Temel Karamollaoğlu é o candidato dos conservadores do Saadet, o Partido da Felicidade.
Partilha as raizes conservadoras com o AKP, opoe-se às politicas de Erdoğan.
Os críticos do presidente turco acusam-no de convocar eleições antecipadas para capitalizar os sentimentos nacionalistas na Turquia depois das vitórias militares na Síria.
O escrutínio serviria também para a consolidação do poder presidencial, depois da reforma constitucional do ano passado.