A desembargador Rogério Favreto ordenou que o antigo presidente do Brasil fosse libertado de imediato. Horas depois, o relator da Lava Jato do mesmo tribunal, João Gebran Neto, suspendeu a decisão. Favreto reitera decisão.
Guerra aberta entre juízes brasileiros por causa de Lula da Silva
Rogério Favreto, o juiz desembargador de plantão do Tribunal Federal da 4ª Região, de Porto Alegre (Rio Grande do Sul), ordenou, pela segunda vez este domingo que o antigo presidente do Brasil fosse libertado de imediato.
Isto depois do relator do caso Lava Jato do mesmo tribunal, o juiz João Gebran Neto, ter anulado a primeira decisão de Favreto, emitida horas antes.
Na nova ordem, o desembargador diz que Luiz Inácio Lula da Silva deveria ter sido libertado até uma hora depois da decisão, tomada pouco depois das 16 horas locais, 20 em Lisboa.
A deliberação de Rogério Favreto foi, também contestada pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela investigação Lava Jato. Moro afirmou que o dito desembargador é uma "autoridade absolutamente incompetente para se sobrepor à decisão da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região e do Plenário do Supremo Tribunal Federal, que autorizaram a prisão de Lula da Silva.
O ex-presidente está preso desde sete de abril deste ano, condenado, no âmbito da Operação Lava Jato, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.