Atlantia cai na Bolsa de Milão na sequência da tragédia de Génova

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A queda da ponte Morandi está a ter um grande impacto financeiro

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A italiana Atlantia sofre as consequências da decisão do Governo de revogar as concessões das autoestradas no rescaldo da queda da ponte Morandi, em Génova.

A empresa que gere a concessionária de autoestradas Autostrade per l'Italia, responsável pela manutenção do viaduto, continua a acumular perdas na Bolsa de Milão.

Esta quinta-feira, cada vez mais pressionada pelas críticas, caia mais de 20%.

Através de um comunicado, a Atlantia falou numa decisão "prematura" do Governo, alegando a falta de um "argumentação específica" e que não existem provas acerca das "causas do sucedido."

De acordo com a Atlantia, os custos com manutenções e melhoramentos superaram os mil milhões de euros anuais entre 2012 e 2017 por 3000 quilómetros.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) diz que Itália gasta mais em reparações de estradas do que na construção de novas.

Entre 2008 e 2015 registou-se uma quebra de 58% em gastos com investimento e manutenção, de acordo com a OCDE.

Alguns apresentaram a tragédia como um alerta a Bruxelas em nome de mais margem de manobra para melhorar as infraestruturas obsoletas do país.

A Comissão Europeia lembrou que tem encorajado a coligação no poder em Roma para dar prioridade a este tipo de investimentos. Sublinhou quem aprovou em abril um plano de investimento de mais de 8 mil milhões de euros para as autoestradas italianas, incluindo a região de Génova, ao abrigo das regras de apoio da União Europeia.

O país deverá ainda receber 2,5 mil milhões de euros de fundos europeus até 2020 para investir em redes viárias ou ferroviárias.

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