Macron manda primeiro-ministro francês convocar líderes partidários

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Emmanuel Macron mantém-se em silêncio e visita um Arco do Triunfo vandalizado, após Paris se ter tornado mais uma vez num campo de batalha.

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Não foi um cenário risonho aquele que Emmanuel Macron encontrou no regresso da cimeira do G20. Na verdade, aguardavam-no uma reunião de emergência no Palácio do Eliseu e uma visita ao Arco do Triunfo e zonas circundantes, vandalizados durante os violentos protestos dos "coletes amarelos".

O presidente francês não se pronunciou, nem evocou o estado de emergência. Em vez disso, mandatou o primeiro-ministro, Édouard Philippe, a conduzir encontros, a partir desta segunda-feira, com os líderes dos partidos representados no parlamento e uma delegação do movimento contestatário.

Nas ruas de Paris, o descontentamento assume várias formas.

Há quem considere ser "dramático o que está a acontecer, mas parece ser a única forma de comunicar com o governo. Macron tem de levar em conta o que tem acontecido e a sua parte de responsabilidade. Só ele pode mudar a situação".

Há também quem explique, como um jovem de Avignon, já gastar "cerca de 400 euros por mês em combustível. No sul de França, os protestos dos coletes amarelos são pacíficos", assegura-nos. "É preciso enfrentar as filas e as manifestações com paciência e positividade. No entanto, o que está a acontecer em Paris é prejudicial para todo o movimento".

Uma mulher afirmava que "é triste, numa sociedade democrática, que as pessoas que passam fome tenham de chegar a este ponto para serem ouvidas".

A presidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo, declara que os danos materiais vão ascender a valores astronómicos. Os protestos fizeram, só no sábado, mais de 260 feridos em toda a França. Na capital francesa, foram detidas quase 400 pessoas.

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