O tsunami do passado sábado no estreito de Sunda deixou mais de 22 mil desalojados.
A região costeira em torno do estreito de Sunda (Indonésia), onde no passado sábado um tsunami - provocado por uma erupção do vulcão Anak Krakatau - fez pelo menos 430 mortos e quase 1500 feridos, está agora a ser abalada por chuvas fortes que estão a dificultar a ajuda às populações.
Segundo as autoridades do país, há ainda 159 pessoas desaparecidas e mais de 22 mil desalojados. O mau estado do tempo está a tornar muitos locais inacessíveis e as equipas de resgate não conseguem dar resposta a todas as necessidades.
"No caminho parámos no abrigo onde estão as pessoas que não só foram afetadas pelo tsunami, mas também viram as suas casas serem inundadas. E eles dizem que a combinação de marés muito altas, a chuva e talvez detritos do tsunami estão a impedir a descida do nível da água, aumentando o risco de novas inundações", afirmou à euronews Rosemarie North, oficial de comunicações da Cruz Vermelha Internacional.
No terreno, as equipas de socorro fazem o possível para levar mantimentos e prestar cuidados médicos à população.
Estado de emergência até janeiro
As autoridades já avisaram as pessoas para se manterem a pelo menos 500 metros da costa, face à ameaça da repetição das ondas com cinco metros de altura que entraram por terra no sábado.
"O nosso foco está principalmente nas colinas, onde cerca de 16.000 pessoas se refugiaram da costa, estão a viver com amigos e familiares e também em mesquitas e escolas. E a Cruz Vermelha está a entregar água para eles, mas também lonas, cobertores, equipamentos de emergência e assistência médica", acrescentou a responsável da Cruz Vermelha Internacional no terreno.
O estado de emergência foi prolongado até 04 janeiro.
A Indonésia está localizada sobre o chamado "Anel de Fogo do Pacífico", uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica, e é sacudida anualmente por mais de 7.000 sismos.