Os próximos três dias serão críticos para o país. Até ao final da semana são esperadas chuvas fortes nas províncias de Sofala e Manica
Aldeias devastadas, mais de 350 mortos confirmados e milhares de pessoas desalojadas que procuram comida e abrigo.
Moçambique continua em alerta e a sofrer as consequências da passagem do ciclone idai.
As Nações Unidas (ONU) deixaram, esta terça-feira, o alerta: os próximos 3 dias serão críticos para o país.
Até ao final da semana, são esperadas chuvas fortes nas províncias de Sofala e Manica e há risco elevado de inundações nas zonas urbanas da Beira e do Dondo, as mais afetadas pelo ciclone. Na região, cerca de 500 mil pessoas ficaram sem energia e linhas de comunicação.
AJUDA HUMANITÁRIA
As organizações humanitárias estão a mobilizar ações de ajuda no terreno e a apelar ao envio de donativos.
A UNICEF (Fundo Internacional de Emergência para a Infância das Nações Unidas) alerta para a situaçâo de cerca de 260 mil crianças, que perderam praticamente tudo e precisam de apoio humanitário. A organização da ONU estima ainda que, para ajudar os três países afetados, sejam necessários quase 18 milhões de euros.
A Cáritas Portuguesa, em articulação com a congénere moçambicana, comprometeu-se com o envio de 25 mil euros.
Também a Cruz Vermelha Portuguesa disponibilizou cinco mil euros do Fundo de Emergência destinado a catástrofes, para o qual está a recolher donativos
O Programa de Alimentação Mundial das Nações Unidas pede cerca de 35 milhões de euros para ajudar o país, numa primeira fase.
A caminho da Beira está também uma equipa portuguesa liderada pelo secretário de Estado das Comunidades, que integra elementos da Proteção Civil, do INEM e do Instituto Camões. O objetivo desta missão é realizar um "diagnóstico rigoroso" e definir os meios necessários para ajudar a população.