Editoras de revista feminina do Vaticano demitem-se sob protesto

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Lucetta Scaraffia, ex-responsável editorial do projeto, escreveu uma carta aberta ao Papa Francisco, lamentando o rumo da Women Church World.

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As editoras da revista feminina do Vaticano, escrita apenas por mulheres, apresentaram a demissão em protesto contra o que dizem ser uma campanha de descredibilização.

A Women Church World é um suplemento mensal do L'Osservatore Romano, o jornal do Vaticano.

Segundo a fundadora e ex-responsável pelo projeto, Lucetta Scaraffia, a pressão sobre a equipa intensificou-se com as denúncias de abusos a freiras por outros membros do clero.

"Quando a nova direção editorial chegou... vamos apenas dizer que tivemos problemas em fazer o nosso trabalho com a mesma liberdade e criatividade que tínhamos antes com o anterior diretor. Era como se existissem duas almas diferentes no jornal e uma era oposta a nós. E como não queríamos mulheres contra mulheres, tentámos evitar o que estava a acontecer e por isso decidimos terminar esta experiência ao fim de sete anos", afirmou Scaraffia.

As críticas de Scaraffia foram também publicadas numa carta aberta para o Papa Francisco, publicada no blog Il Sismografo.

Num artigo de fevereiro, a revista denunciou a cultura masculina na Igreja de abuso sobre as mulheres. Uma polémica que se junta ao escândalo de abusos sexuais a menores abordado pelo Vaticano numa cimeira já este ano.

Apesar das críticas, o diretor da revista, Andrea Monda, garantiu que a obediência não era um critério de seleção e que a equipa teve sempre total autonomia.

Outras fontes • BBC

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