Foi assim que o líder trabalhista classificou a primeira reunião com a primeira-ministra britânica para tentarem chegar a um entendimento sobre a saída do Reino Unido da União Europeia
Depois de três chumbos no Parlamento britânico e com a data limite do Brexit a aproximar-se a passos largos, a primeira-ministra Theresa May e o líder da oposição, Jeremy Corbyn, reuniram-se para tentar chegar a um compromisso. Mas os resultados deste encontro foram fracos. Apenas concordaram em formar equipas e numa agenda para as negociações desta quinta-feira.
Corbyn quer uma união aduaneira com a União Europeia e acesso ao mercado comum, mas a primeira-ministra britânica ainda está longe das pretensões do Partido Trabalhista, como revelou o líder da oposição.
"Tivemos uma conversa e não houve tantas mudanças como eu esperava, mas vamos continuar a conversar para explorar algumas das questões técnicas que falta esclarecer. A reunião foi útil, mas inconclusiva. Quero que o governo entenda que o Parlamento não apoia o acordo que ela aceitou. Ela tem que surgir, mesmo nesta fase muito adiantada, com algo que seja aceitável para o Parlamento, que vá na direção que o Partido Trabalhista quer para chegarmos a um acordo com a União Europeia. Os perigos de sair sem acordo são mesmo muito sérios e precisam de ser evitados."
Se as negociações chegarem a bom porto, Corbyn sugeriu que a primeira-ministra poderá submeter até o acordo para o Brexit na Câmara do Comuns para nova votação já na próxima semana.
O Brexit deveria ter acontecido a 29 de março, mas passado quase três anos dos britânicos terem votado em referendo pela saída da União Europeia, ainda não se sabe quando ou se o Reino Unido vai abandonar o clube europeu.