Os argelinos prometem lutar nas ruas até que as elites que governaram na esfera de Bouteflika abandonem o poder. Os protestos vão na décima semana.
Dezenas de milhares de manifestantes estão de novo nas ruas de várias cidades da Argélia para exigirem a saída de toda a elite governante. É a décima sexta-feira consecutiva de protestos.
Para além das manifestações nas ruas, nos jornais e nas redes sociais multiplicam-se os apelos à manutenção da luta até à partida de todo o sistema.
Os manifestantes recusam especialmente que as figuras do aparelho herdado de Bouteflika organizem as eleições presidenciais previstas para 4 de Julho.
As manifestações prosseguem ao mesmo tempo que foram detidos vários empresários ou homens de negócios influentes na esfera do poder de Bouteflika, no âmbito de uma investigação sob suspeita de corrupção.
Os observadores vêem nestas investigações uma forma de oferecer aos manifestantes alguns símbolos do poder, em troca do abrandamento das exigências da rua, particularmente no que respeita à eleição presidencial.
O exército, que tem estado no centro da vida política desde a partida de Bouteflika, continua a insistir para que as eleições presidenciais se realizem dentro dos prazos fixados pela Constituição.