UE contra "invasão" de bicicletas chinesas

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As bicicletas eletrónicas chinesas estão a invadir as cidades europeias. A UE criou um pacote de medidas para combater a concorrência desleal.

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As JUMP são as novas bicicletas Uber de Bruxelas. Há 500 espalhadas pela cidade, para grande satisfação do ministro da Mobilidade, que quer ver menos carros. Mas a indústria europeia de bicicletas está preocupada: receia que estas bicicletas eletrónicas, fabricadas em massa na China, acabem simplesmente por destruir as cidades europeias.

"Neste momento, estamos a braços e a lutar contra as importações ilegais subsidiadas devido à enorme capacidade de produção de bicicletas na China, que ascendem a quase cinco vezes mais do que a procura da UE. Isto deve-se aos subsídios maciços e ilegais que o Governo chinês tem vindo a conceder aos fabricantes chineses de bicicletas. Neste momento, acreditamos que a indústria de bicicletas da UE é importante e queremos que sobreviva", defende Evangelia Anevlavi, da Associação Europeia de Fabricantes de Bicicletas.

Para a ajudar a sobreviver, em Janeiro, a Comissão Europeia impôs uma série de direitos sobre as bicicletas electrónicas chinesas importadas, que parecem estar funcionar. O mercado das bicicletas eletrónicas, e estas novas medidas, salvaram a Scott Sportech Benelux, uma empresa familiar de bicicletas, nos arredores de Bruxelas. O diretor-geral, Johan Huygens, afirma: "As normas de qualidade são bastante mais elevadas na Europa. Por exemplo, se tivermos um problema com a bicicleta e quisermos perseguir judicialmente os chineses, eles não comparecem perante a justiça, enquanto um fabricante europeu é responsável por aquilo que fabrica. Considero positivo que protejamos o nosso mercado, a nossa segurança social e os nossos trabalhadores contra a concorrência desleal".

O observador da UE e advogado comercial, Laurent Ruessmann, concorda: "Sem estas medidas, a indústria não teria sobrevivido, a indústria teria sido dizimada como nos EUA e no Japão, que não fizeram nada para enfrentar o comércio desleal vindo da China".

Os direitos anti-dumping são os mais recentes de uma série de medidas da UE contra as exportações chinesas, que suscitaram fortes reações de Pequim.

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