Boris Johnson contra 'Backstop" na Irlanda do Norte

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Continua o braço-de-ferro entre Boris Johnson e os líderes Europeus. O primeiro-ministro britânico deslocou-se à Irlanda do Norte onde reiterou estar contra o "backstop".

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O primeiro-ministro britânico reitera o repúdio contra o chamado "backstop", na Irlanda, após o "Brexit".

A medida consiste em criar um "território aduaneiro comum", abrangendo a União Europeia e o Reino Unido, no qual não haveria quotas ou tarifas para produtos industriais e agrícolas.

Boris Johnson esteve, esta quarta-feira, em Belfast, onde se reuniu com os líderes dos principais partidos políticos da Irlanda do Norte.

Antes do encontro, o governante mostrou-se otimista referindo que esperava que o "Brexit" fosse um dos temas da conversa e considerou crucial mostrar que o Governo britânico reconhece a importância do acordo de paz de Belfast / Sexta-feira Santa.

As opiniões de Johnson sobre o chamado "backstop" recebem o apoio do Partido Democrata Unionista, que sustenta o Governo minoritário, pois considera que implicaria regras para a Irlanda do Norte diferentes das do resto do país.

A líder do partido, Arlene Foster, espera que "o novo primeiro-ministro se ocupe desta questão, que transmita aos europeus e, em particular, a Dublin o facto de não poderem dividir o Reino Unido, porque, essencialmente, era isso que o "backstop" estava a fazer. Estava a separar a Irlanda do Norte, tanto em termos económicos como em termos constitucionais".

A presidente do partido Sinn Féin defendeu que uma saída desordenada do país do bloco europeu deve incluir um referendo na Irlanda do Norte para a unificação com a República da Irlanda, tal como está previsto nos acordos de paz.

Mary Lou McDonald assegurou que deixou bem claro, a Boris Johnson, que um "Brexit" sem acordo "seria catastrófico para a economia irlandesa, para os meios de subsistência irlandeses, para a sociedade, para a política e para o acordo de paz." A dirigente sublinhou que o primeiro-ministro "tem de incluir a questão constitucional e a questão de um controlo fronteiriço na Irlanda", caso se verifique o colapso das negociações do "Brexit".

Boris Johnson enviou um conselheiro a Bruxelas para confirmar que o Reino Unido sairá da União Europeia no dia 31 de outubro, "seja em que circunstância for". Com Londres a insistir no braço-de-ferro com Bruxelas por causa do "Backstop" torna-se cada vez mais provável o cenário de um "Brexit" sem acordo.

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