Começou o julgamento na Hungria de um cidadão sírio acusado de ser responsável por brigada da morte do Estado Islâmico
Acorrentado e rodeado de um amplo dispositivo de segurança, um cidadão sírio começou a ser julgado num tribunal em Budapeste, naquele que é o primeiro processo oficial na Europa contra um alegado membro do Daesh.
A procuradoria húngara acusa-o de terrorismo e crimes contra a Humanidade. Está em causa a participação em dezenas de homicídios, sobretudo execuções, incluindo a decapitação pública de um imã local.
Identificado como F. Hassan, o homem de 27 anos terá sido responsável por uma brigada do grupo Estado Islâmico, em 2015, junto à cidade de Homs.
Hassan terá desertado do exército sírio em 2011 e incorporado o movimento radical pouco antes de 2014, tendo passado a recrutar novos membros.
O réu terá obtido o estatuto de refugiado na Grécia. O seu advogado de defesa declara que Hassan é iletrado e que não tem capacidades organizativas, muito menos de liderança de brigadas da morte. Aponta ainda que o acusado terá tentado matar-se na prisão.
Hassan foi capturado no aeroporto de Budapeste no final de 2018. Nega todas as acusações e garante que, à altura dos factos apontados, se encontrava na Turquia, e não na Síria.