Ilhas do Mar Egeu convocam greve contra migrantes

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Os habitantes locais dizem que as ilhas gregas já não suportam mais gente nos campos para migrantes e refugiados.

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Nas ilhas gregas do mar Egeu ninguém quer ouvir falar dos planos do governo central.

Numa visita a Chios, o vice-ministro do Trabalho e dos Assuntos Sociais tentou informar as autoridades da região sobre a construção de um novo campo para receber migrantes e refugiados

Mas os habitantes locais irromperam pela câmara municipal em protesto e já convocaram uma greve geral para 22 de janeiro.

Atualmente Chios acolhe cerca de seis mil migrantes. O campo para refugiados tem apenas 1318 camas.

A situação é ainda pior em Lesbos, onde quase 21 500 pessoas vivem em infraestruturas preparadas para receber menos de cinco mil. A desproporção e falta de condições também são visíveis em Samos, com menos de mil lugares para mais de 7500 migrantes.

"Na próxima quarta-feira, às 12 horas, vão ser realizados comícios abertos em Mitilene, Vathi de Samos e Chios, em que vai haver uma transferência de vereadores para Atenas e a entrega de resoluções e protestos aos ministros e possivelmente ao Gabinete do Primeiro Ministro. A Ordem dos Advogados também se comprometeu a apresentar queixa sobre os incidentes e a indiferença observada. Porque no momento há uma completa indiferença", avisou o governador regional, Costas Moutzouris.

Perante a situação atual, o presidente de Samos apela à intervenção europeia. "Temos saques em casas e nas zonas rurais. A Europa precisa de salvaguardar os próprios interesses, a menos que se sinta muito confortável nas suas poltronas, nos salões, e nos deixe aqui sozinhos com o governo grego para gerir todo este problema".

De acordo com o governo grego, as atuais infraestruturas em Chios não permitem a correta aplicação da lei de asilo. Com milhares de refugiados a viver na ilha, as autoridades locais insistem não ter capacidade para acolher mais de 500 pessoas.

Mas os habitantes das ilhas gregas consideram não ter capacidade para acolher o número de migrantes estabelecido e convocaram greve geral para 22 de janeiro.

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