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Metade dos brasileiros chumba atuação de Jair Bolsonaro na pandemia

Jair Bolsonaro, presidente do Brasil
Jair Bolsonaro, presidente do Brasil Direitos de autor Eraldo Peres/Copyright 2018 The Associated Press. All rights reserved
Direitos de autor Eraldo Peres/Copyright 2018 The Associated Press. All rights reserved
De  Euronews com Lusa
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Sondagem divulgada pelo Instituto Datafolha revela que apenas 27% classificaram a postura do presidente como "boa ou excelente".

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A atuação do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, na gestão da pandemia de covid-19 no país mereceu o 'chumbo' da maioria dos inquiridos de uma sondagem do Instituto Datafolha, que foi publicada hoje no jornal Folha de São Paulo. 

De acordo com a pesquisa, realizada na segunda e terça-feira, dias 25 e 26, 50% dos 2.069 entrevistados classificaram a administração do líder de extrema-direita como "má ou péssima" na gestão da crise sanitária, 22% disseram que era "regular", 27% consideraram "boa ou excelente" e 1% declarou não saber responder.

O Brasil é o país mais afetado pela pandemia na América Latina, o segundo com mais casos de covid-19 no mundo (438.238) e o sexto com mais mortes (26.417).

O pico da curva de contágio no território brasileiro deverá acontecer em julho, portanto, espera-se que os números continuem a crescer exponencialmente nas próximas semanas.

Apesar do avanço da doença, Bolsonaro é um dos governantes mais céticos sobre a gravidade da infeção provocada pelo novo coronavírus, chegando a considerar que se fosse contagiado não seria muito diferente de uma "gripezinha".

O líder brasileiro rejeitou as medidas de distanciamento social impostas pelos governos regionais para tentar interromper a proliferação do novo coronavírus e exigiu a normalização imediata de todas as atividades económicas inúmeras vezes.

Bolsonaro acredita que a maioria da população será infetada independentemente das medidas de isolamento adotadas e que a fome e o desemprego gerados pela interrupção das atividades económicas podem causar mais mortes no Brasil do que a própria doença.

O chefe de Estado perdeu os seus dois últimos ministros da Saúde devido a divergências sobre a estratégia de combate à pandemia, que até agora se concentrou na autorização para promover o fornecimento de cloroquina, um medicamento sem eficácia cientificamente comprovada para tratar a covid-19 e cujos ensaios em curso foram suspensos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo o Datafolha, 33% dos brasileiros consideram Bolsonaro como "muito responsável" pelo avanço da pandemia, 20% acreditam que ele é "um pouco responsável" e 45% o isentam de responsabilidade.

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