O aluguer mensal do robô custa mil euros, pelo que a sua contratação é mais económica do que ter uma equipa de humanos a fazer o mesmo trabalho, rotativamente, ao longo das 24 horas do dia.
Os hospitais estão a analisar como se podem adaptar à crise da Covid-19 em termos de evitar o contágio no atendimento aos cidadãos que chegam às instalações para outros tipos de consultas e tratamentos. Entre as prioridades está verificar a temperatura e o uso de máscaras.
"O hospital UZA, ligado à Universidade de Antuérpia, na Bélgica, tem um robô na sua equipa. Na entrada, o utente recebe um código, que é verificado pelo robô, procedendo depois à verificação sobre se a pessoa usa máscara e qual a sua temperatura corporal. Um mostrador revela se tudo está correto para se poder passar para a zona de consulta", explicou Jack Parrock, correspondente da euronews.
Para os administradores deste hospital é importante obter um equilíbrio entre a segurança e a rapidez no atendimento.
"A segurança é a principal a prioridade mas, por outro lado, não queremos que os pacientes esperem demasiado, que se façam grandes filas. A questão do fluxo é muito importante. Precisamos de fazer maior controlo do que anteriormente e o robô pode ajudar-nos a fazer essas verificações", afirmou o administrador hospital Michaël Vanmechelen.
Mil euros mensais
O aluguer mensal do robô custa mil euros, pelo que a sua contratação é mais económica do que ter uma equipa de humanos a fazer o mesmo trabalho, rotativamente, ao longo das 24 horas do dia.
Outra vantagem é que pode comunicar em 34 idiomas e os seus criadores garantem a fiabilidade dos dados muito específicos que lhe cabe analisar.
"É claro que se me perguntar se podemos confiar no robô para detectar se alguém tem Covid-19 ou não, ainda não é possível. Mas este robô poderá ser adaptado para controlo de outras doenças que surjam no futuro e que possam, também, exigir medir a temperatura, entre outros aspetos", explicou Fabrice Goffin, presidente-executivo da empresa de robótica belga Zorabots.
Os robôs estão cada vez mais presentes em varias áreas de atividade, incluindo no contacto com o público, pelo que estes recepcionistas hospitalares poderão tornar-se uma presença habitual para ajudar a controlar doenças muito contagiosas.