Arménia e Azerbaijão cedem aos apelos da comunidade internacional e terminam a escalada de violência
Já se vislumbra alguma luz ao fundo do túnel em Nagorno-Karabkh. Arménia e Azerbaijão anunciaram um cessar-fogo humanitário com início às zero horas de domingo, acedendo aos apelos da comunidade internacional.
A trégua foi anunciada depois do ministério da Defesa do Azerbaijão ter publicado um vídeo sobre o que disse ser a destruição provocada por tiros de artilharia.
Antes, Baku tinha acusado a Arménia de ter atingido Ganja com um míssil balístico e de ter provocado 13 mortes entre a população civil da segunda maior cidade do Azerbaijão.
Erevan negou o ataque mas os separatistas de Nagorno-Karabakh publicaram uma declaração sobre alvos militares legítimos em Ganja. Não houve no entanto reivindicação.
O presidente do Azerbaijão Ilham Aliyev, qualificou o ataque contra Ganja como um crime de guerra e deixou um alerta às autoridades arménias, afirmando que vão responder no campo de batalha.
O enclave é reconhecido pelas Nações Unidas como território Azeri, mas população é maioritariamente arménia. O Azerbaijão clama também território ocupado pelo vizinho no sudoeste.
Na escalada de violência, o primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinyan, moralizou as tropas antes de serem enviadas para a frente de combate:
"Não vamos deixar o inimigo pisar a nossa terra, a nossa pátria, os nossos santuários".
Stepanakert é a capital de facto da região controlada pelas autoridades pró-armenias. Para os Azeris chama-se Khankendi. Aqui são visíveis os estragos provocados pelos bombardeamentos noturnos do Azerbaijão.
A Igreja ortodoxa arménia fez um apelo à defesa do país e pediu a solidariedade da comunidade internacional. Os sinos vão tocar a rebate todos os dias durante 10 minutos em sinal de apoio aos que defendem a Arménia.