O apoio pedido a Angola para o reforço das forças de segurança não será estranho a esta ofensiva contra o rival Joseph Kabila.
Acabou a coligação que dividia o poder na República Democrática do Congo. O anúncio foi feito pelo presidente Félix Tshisekedi, que decidiu romper com o antecessor e principal rival Joseph Kabila. Tshisekedi anunciou que vai nomear um "informador", que terá a tarefa de procurar formar uma maioria no parlamento que o apoie.
Tshisekedi e Kabila fizeram um acordo de cavalheiros depois das eleições presidenciais de dezembro de 2018, que deram a vitória ao primeiro, mas em que o partido de Kabila, o FCC mantinha a maioria no parlamento. A coligação foi a forma encontrada de assegurar a estabilidade. O FCC garante que a decisão de Tshisekedi é inconstitucional.
Tshisekedi tem vindo a conseguir apoios em Angola, o primeiro país que visitou como presidente, com duas visitas em menos de um ano. Em Luanda, pediu ao governo de João Lourenço um apoio ao reforço das forças de segurança.