Novo máximo diário registado num momento em que a situação é cada vez mais crítica nos hospitais
Face ao forte aumento no número de contaminações e, consequentemente, dos internamentos, há cada vez mais hospitais em Portugal confrontados ao esgotamento das suas capacidades.
No dia em que o país ultrapassa os 200 mortos diários pela Covid-19, médicos e outros profissionais de saúde apontam o dedo ao governo, a quem exigem uma resposta adequada.
A situação é grave em todo o território, mas as regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo são as mais pressionadas.
Segundo a agência Lusa, as unidades de cuidados intensivos dos hospitais de Beja e Évora encontram-se com ocupação plena.
Em várias unidades da Grande Lisboa, começa a haver escassez de oxigénio.
Em comunicado, a Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares frisou que "a hora é grave" e que compete ao Ministério da Saúde liderar a resposta à crise.
O Sindicato dos Médicos da Zona Sul responsabilizou o executivo e o Presidente da República pelo que classificou de falta "inaceitável" de planeamento adequado na resposta à pandemia e exigiu um reforço dos meios.
Portugal é atualmente o segundo país do mundo com mais casos por milhão de habitantes e já registou, desde o início do ano, perto de 2300 mortes devido à Covid-19.
O mais recente recorde diário foi registado esta terça-feira, com 218 mortes e, novamente, mais de 10.000 contaminações.