Primeiro-ministro grego declara novo confinamento

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Direitos de autor Petros Giannakouris/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
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As restrições aplicam-se a toda a região de Ática e prevê-se que durem até ao fim de fevereiro

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O primeiro-ministro grego anunciou um novo confinamento até ao fim do mês em toda a região de Ática, que inclui a capital Atenas.

Por detrás da nova medida está o aumento no número de casos de Covid-19 admitidos nos hospitais de ambas as regiões.

Uma média de 15 novos pacientes são admitidos diariamente nos hospitais destas áreas cuja taxa de ocupação ronda agora os 70%.

«A partir desta quinta-feira, até ao dia 28 de fevereiro, as medidas de restrição em Ática serão reforçadas. O comércio encerra e todas as atividades educativas passam a operar remotamente.
A experiência da primeira vaga da pandemia, assim como do confinamento depois das férias de natal, mostra que quanto mais rapidamente as restrições forem implementadas, mais depressa serão levantadas", anunciou o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis.

O novo confinamento é motivo de frustração entre os comerciantes de Atenas.

Dimitra Syrigou reabriu a sua loja de roupa há poucas semanas e agora tem que voltar a encerrar portas.

A empresária de 35 anos afirma que ninguém se importa com os seus problemas e diz que se sente totalmente frustrada.

"Todo o mercado foi tragicamente afetado. O estado não nos ofereceu nenhuma ajuda substancial. E agora temos todos que fechar. O que é que se pode fazer? Nada... temos que ficar fechados em casa. Vamos ver se conseguimos aguentar esta situação. Temos que esperar para ver se a nossa loja será a pr´oxima a fechar de vez", desabafa a empresária.

Situação que se repete nas ruas de Atenas onde muitos acreditam que foram cometidos erros na gestão da pandemia.

As pessoas receiam perder os empregos devido à repetição das restrições.

«Isto é difícil. Há muito tempo que estamos sob pressão. Vamos ficar em casa, não há alternativa. Ainda assim, penso que estas medidas poderiam ter sido tomadas mais cedo, imediatamente após o verão, de forma a evitar esta situação", afirma a advogada Athina Marmara.

"Vemos o mesmo cenário que se repete vezes sem conta e as pessoas estão a ficar cansadas. É claro que as pessoas receiam pelos empregos. Todos vemos que a a economia vai de mal a pior", admite o estudante universitário Aris Gritsas.

O repórter da euronews Apostolos Staikos, acrescenta:

«Após quase um ano e mais uma vez, os habitantes de Atenas voltam às medidas de restrição.
A paciência dos cidadãos está a esgotar-se. Muitos receiam que as consequências da pandemia estão para ficar".

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