27 milhões de dólares para compensar a morte de George Floyd

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Direitos de autor David Joles/AP
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De  Francisco Marques com Associated Press
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Município de Minneapolis, nos Estados Unidos, aprova pagamento de indemnização à família e pode influenciar julgamento dos agentes acusados pelo homicídio

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O município de Minneapolis, nos Estados unidos, aprovou o pagamento de 27 milhões de dólares (€22,5 millhões) à família de George Floyd, o cidadão norte-americano sufocado até à morte em maio do ano passado pela ação de um agente da polícia.

Para o advogado da família, este "é o maior acordo pré-judicial da história dos Estados Unidos, num caso de direitos civis envolvendo a polícia", suplantando a indemnização de 20 milhões de dólares (quase €17 milhões) paga em 2019 pela morte Justine Damond, alvejada por um polícia dois anos antes.

O acordo por George Floyd foi anunciado com a família ao lado dos autarcas e inclui uma contribuição de 500 mil dólares (€420 mil) à comunidade afetada pela transformação do local da morte em zona de romaria para ativistas dos direitos civis.

A presidente do Conselho Municipal de Minneapolis reconheceu que "dinheiro nenhum pode pagar a intensa dor e o trauma causados à família de George Floyd e a tanta gente da nossa comunidade que ainda estão de luto".

"Minneapolis sai fundamentalmente transformada deste período de afirmação racial", garantiu Lisa Bender.

Da parte da família, Philonise Floyd agradeceu "ao estado do Minnesota por ter mediado o acordo" e deixou uma garantia: "Mesmo não tendo aqui o meu irmão, o George está no meu coração. Se o pudesse ter aqui de novo, eu daria tudo isto de volta."

Este acordo poderá agora ter implicações no julgamento de Derek Chavin, já em curso, e de outros três ex-agentes, que se vão sentar em agosto no banco dos réus, por suspeita de cumplicidade no crime.

Afastado da polícia desde meados do ano passado, Chauvin é alvo de três acusações pela morte de George Floyd a 25 de maio do ano passado, quando deteve a vítima por suspeita de uso de uma nota falsa e a manteve imobilizada com um joelho sobre o pescoço durante quase nove minutos.

O repetido apelo de George Floyd antes de morrer - "I can't breath" ("não consigo respirar") - tornou-se lema da revolta global pela alegada brutalidade policial contra as minorias.

Outras fontes • Washington Post

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