Telhados ou paredes cobertas de vegetais são as soluções de vários arquitetos em Banguecoque e Singapura para reduzir a temperatura dos edifícios
Uma cidade mais verde para respirar melhor.
A arquiteta paisagista Kotchakorn Voraakhom desenhou o novo telhado da Universidade Thammasat de Banguecoque. Aqui estudantes e funcionários podem plantar e colher frutas e vegetais.
Uma inovação que também ajuda a arrefecer o edifício na tórrida capital da Tailândia, onde os residentes muitas vezes se trancam dentro de casa para escapar ao calor, utilizando de forma desproporcionada o ar condicionado.
A arquiteta responsável do projeto, Kotchakorn Voraakhom, afirma: "Penso que os humanos têm de se adaptar em vez de pensarem em consumir em demasia para resolver o problema. Cada um pode resolver o seu próprio problema, mas isso cria, de facto, um problema global maior".
Singapura, também não é brincadeira quando se trata de temperaturas e humidade elevadas, durante todo o ano. E também aqui os arquitetos procuram soluções alternativas, verdes, para "salvar o que pode ser salvo".
O Oasia Hotel Downtown, no coração da cidade, foi concebido para permanecer fresco, graças a mais de 20 espécies de plantas trepadeiras, que crescem na sua fachada de alumínio e que, segundo o construtor, manterá a temperatura 10 a 20 graus abaixo da dos edifícios vizinhos.
A estrutura de 27 andares aloja mais de dez vezes a quantidade de vegetação encontrada no local antes da sua construção, e os seus grandes terraços abertos permitem ventilação e iluminação naturais e reduzem o consumo de energia.
Num esforço para reduzir as emissões, Singapura pretende tornar verde 80 por cento dos seus edifícios até 2030. Nesta cidade-estado os edifícios são responsáveis por mais de 20 por cento das emissões de carbono.