O presidente alemão terá sido considerado "persona non grata" pelo governo ucraniano, devido à política de proximidade com a Rússia que desenvolveu enquanto foi chefe da diplomacia.
Os presidentes de quatro países às portas da Rússia, todos membros da União Europeia e da NATO - Estónia, Letónia, Lituânia e Polónia - fizeram uma visita a Kiev e ao presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, como prova de apoio contra a invasão russa.
A comitiva visitou a cidade mártir de Borodyanka, na periferia da capital ucraniana, guiada pelo peimeiro-ministro Denys Shmyhal. O presidente lituano mostrou-se chocado com o que viu:
"É difícil encontrar uma comparação na história com outros casos em que famílias inteiras foram mortas e enterradas no local, houve bebés violados e toda esta demonstração de bestialidade e ódio. Estas coisas não podem ter sido feitas por pessoas, mas por outras criaturas, por aberrações da natureza. Temos de acabar com esta terrível guerra", disse Gitanas Nauseda.
O presidente alemão Frank-Walter Steinmeier quis juntar-se a esta comitiva, mas isso foi recusado por Zelenskyy. O jornal alemão Bild cita um diplomata ucraniano, para quem a recusa se deve a uma alegada proximidade entre o atual chefe de Estado alemão, que foi ministro dos Negócios Estrangeiros entre 2013 e 2017, e o regime russo. Steinmeier esteve na Polónia e pretendia seguir para a capital ucraniana e encontrar-se com Zelenskyy.