Trabalhadores e sindicatos participaram numa greve nacional e em mais de 200 comícios, por aumentos salariais e contra a reforma das pensões
Os franceses mobilizaram-se esta quinta-feira, com paralisações por todo o país e em diversos setores, por aumentos de salários e contra o projeto de reforma da lei das pensões.
Os sindicatos falam em mais de 200 comícios em toda a França.
Todos com reivindicações que podem ser resumidas nas palavras do líder do partido comunista francês, Fabien Roussel:
"Falemos de cada um dos projetos; os franceses querem ser consultados por referendo. Vamos organizar um referendo sobre uma reforma das pensões que todos aspiram ver implementada, com um aumento das pensões mas sem prolongar a idade da reforma".
As conversações entre os sindicatos e o governo deverão começar na próxima semana e prometem ser tensas. Os sindicatos rejeitam qualquer proposta de alongamento da idade para a reforma; o presidente quer avançar o mais depressa possível, para ter uma nova lei em vigor no verão de 2023.
O governo tenta evitar o artigo 49.3 que lhe atribuiu a prerrogativa de legislar, mas não descarta a hipótese.
Se a tensão crescer e o governo cair, Emmanuel Macron diz que dissolve a assembleia nacional e os franceses voltam a ir às urnas.
Uma coisa é certa: A França inicia um novo período de alta tensão social.