Recuo da Rússia no acordo bloqueia 176 navios no Mar Negro

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Um dos navios com cereais tem como destino a Etiópia, um dos países do mundo onde a crise de fome é mais severa

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A Turquia e as Nações Unidas estão a tentar convencer a Rússia a voltar ao acordo de exportação de cereais e fertilizantes com a Ucrânia.

O regime de Vladimir Putin está a bloquear 40 mil toneladas de cereais em navios, no mar Negro. Um deles tem como destino a Etiópia, onde a fome é severa. O governo ucraniano diz que há 176 navios bloqueados. 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, diz estar "extremamente preocupado" com esta nova crise levantada pela Rússia e decidiu adiar a viagem para a Argélia, onde iria participar numa cimeira da Liga Árabe.

A Rússia diz ter suspendido o acordo com a Ucrânia como resposta a um alegado ataque por parte das tropas ucranianas na península da Crimeia.

A Turquia diz que há navios com cereais ucranianos prontos a serem inspecionados pelas autoridades turcas para seguirem viagem, "se Moscovo concordar". 

Acordo durou quatro meses

Moscovo e Kiev tinham chegado a um acordo no mês de julho sobre a exportação de produtos. A Ucrânia podia escoar cereais para o resto do mundo e a Rússia estava autorizada a exportar alimentos e fertilizantes.

O compromisso resultou na descida dos preços dos produtos a nível mundial, que dispararam com o bloqueio de cereais nos portos ucranianos.

Agora, a Rússia decidiu recuar no acordo. Os EUA dizem que a decisão de Putin é "escandalosa". As Nações unidas acusam a Rússia de "falso pretexto". A Comissão europeia pediu a Putin para reverter o passo.

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