Nobel da Paz 2022 quer Putin em tribunal por crimes de guerra

Os vencedores do Nobel da Paz viajaram até Oslo, para receber formalmente este sábado, o prémio da Academia norueguesa. Este ano foram distinguidas três entidades da sociedade civil, o Centro de Liberdades Civis da Ucrânia, a organização russa Memorial Internacional, e o ativista bielorrusso Ales Bialiatski,que se destacaram pela defesa dos direitos dos cidadãos.
Oleksandra Matviichuk, fundadora do Centro de Liberdades Civis da Ucrânia e uma das laureadas deste ano, defendeu, esta sexta-feira ,a criação de um tribunal internacional para "quebrar o círculo de impunidade" e responsabilizar Vladimir Putin e Alexandr Lukashenko por crimes de guerra.
A atribuição do Nobel da Paz às três entidades- ucraniana, russa e bielorrussa - foi encarada desde logo como um gesto simbólico. O prémio é visto como uma repreensão aos regimes autoritários de Putin e Lukashenko. Os dois presidentes são acusados não só pela intervenção militar na Ucrânia, mas também pela repressão dos opositores, muitos deles atualmente exilados, detidos, ou mortos.