Buscas prosseguem numa floresta queniana onde se encontraram valas comuns. Cruz Vermelha afirma que há mais de uma centena de desaparecidos
PUBLICIDADEJá se contam perto de seis dezenas de mortos entre os seguidores de um culto religioso em Malindi, no Quénia, que eram alegadamente incitados a jejuar até à morte para "encontrar Jesus".
O presidente queniano, William Ruto, veio prometer medidas contra cultos que apelidou de "terroristas" e que subvertem a religião.
O líder da chamada Igreja Internacional da Boa Nova, Paul Mackenzie Nthenge, encontra-se detido.
Segundo Hussein Khalid, diretor da organização de direitos humanos Haki Africa, "há muita gente que ainda está com a igreja, que continuam a jejuar e, possivelmente, a morrer a cada segundo que passa. Por isso é que apelamos ao governo nacional para mandar gente para o terreno".
"As crianças devem estar com a família e a comunidade. Aqui eram amarradas com cordas e obrigadas a jejuar até desmaiarem. Isto é um choque para todo o país. Uma crueldade", salienta Sebastian Muteti, assistente social.
Os números podem aumentar, uma vez que prosseguem as operações de busca numa floresta que ocupa 300 hectares, de onde já foram exumados dezenas de cadáveres encontrados em valas comuns.
Segundo a Cruz Vermelha do Quénia, há mais de uma centena de pessoas desaparecidas.