Erdogan está em repouso e inaugura com Putin à distância uma central nuclear

Erdogan e Putin numa videoconferência sobre Akkuyu, em março de 2021
Erdogan e Putin numa videoconferência sobre Akkuyu, em março de 2021 Direitos de autor Turkish Presidency via AP, Pool
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De  Francisco Marques
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Presidente da Turquia sofreu problema digestivo durante entrevista televisiva, mas hoje tem um telefonema com Putin antes de um momento histórico para o país

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A Turquia tem previsto inaugurar esta quinta-feira a primeira central nuclear de produção de energia com investimento da Rússia. A presença física do Presidente Recep Tayyp Erdogan foi cancelada, mas o líder turco deverá participar por vídeo chamada na cerimónia de ativação da central de Akkuyu.

A notícia foi avançada pelo Kremlin, que em comunicado  revelou que Vladimir Putin e Erdogan vão falar via telefone antes do evento e que ambos irão liderar virtualmente a inauguração do primeiro reator nuclear da Turquia, num projeto realizado pela empresa estatal russa Rosatom na província de Mersin, no sul da Turquia.

A ausência física de Erdogan não foi relacionada à indisposição digestiva sentida pelo líder turco durante uma entrevista televisiva na quarta-feira, mas a participação por vídeo chamada na inauguração da central foi confirmada pelo diretor de comunicações da Turquia, Fahrettin Altun, numa mensagem difundida pelas redes sociais.

"Rejeitamos categoricamente as alegações sem fundamento sobre a saúde do Presidente Erdogan. O Presidente irá participar na abertura da central de energia via videoconferência", escreveu Altun.

O porta-voz do governo assegurou ainda que "nenhuma soma de desinformação pode contrariar o facto de que o povo turco se mantém ao lado do líder nem que o AKP (Partido da Justiça e Liberdade)  vai ganhar as eleições a 14 de maio".

O gabinete turco de combate à desinformação, citado pela agência Anadolu, também negou as alegações surgidas em algumas contas de redes sociais de que Erdogan teria sofrido um ataque cardíaco e estava hospitalizado.

"O nosso presidente continua no topo das suas funções. Depois de um pequeno descanso, ele irá prosseguir o programa", afirmou Ömar Celik, porta-voz do AKP, o partido liderado por Erdogan, catalogando de "notícias falsas e imorais" os artigos que apontavam para um estado de saúde grave.

O presidente turco estava a ser entrevistado em direto pelos canais de televisão Ulke TV e Kanal 7 quando o programa foi interrompido sem aviso. Vinte minutos depois o programa foi retomado e o próprio Erdogan, de 69 anos, explicou ter sofrido um problema estomacal durante os atos de campanha anteriores e pediu desculpa pela interrupção.

Pelas redes sociais, mais tarde, o líder turco explicou ter seguido o conselho médico para repousar e que seria representado fisicamente nos eventos programados pelo vice-presidente Fuat Oktay.

Outras fontes • Anadolu, Tass

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