A Turquia viveu os últimos dias de campanha eleitoral para a segunda volta das presidenciais onde, de acordo com as sondagens, Erdogan parte em vantagem.
A poucos horas de os turcos voltarem às urnas para eleger o futuro presidente, os dois candidatos na corrida deram tudo no sprint final da campanha eleitoral.
Recep Tayyip Erdogan, que se encontra à frente nas sondagens e espera renovar por mais cinco anos a permanência de duas décadas à frente do país, optou, na véspera das eleições, por assinalar o golpe de Estado de 1960 com uma visita ao mausoléu do primeiro-ministro assassinado pelos militares.
A escolha não terá sido feita ao acaso. Na memória do país estão ainda bem vivos os acontecimentos semelhantes de 2016, que Erdogan quer manter frescos para mostrar que é a opção mais segura.
Já Kemal Kilicdaroglu, em ligeira desvantagem nas intenções de voto, espera ter convencido os eleitores que se abstiveram na primeira volta, especialmente os mais jovens, com a ronda de perguntas a que se submeteu num canal de Youtube.
Mas há ainda outra parte do eleitorado que Kilicdaroglu quer conquistar: os 2,8 milhões de eleitores do candidato ultrancionalista, entretanto fora da corrida.
Para obter o voto nacionalista, uma das promessas de Kilicdaroglu foi expulsar 10 milhões de refugiados a viver no país.
A crise económica e os refugiados foram dois temas dominantes da campanha.
A Turquia é o país que mais refugiados acolhe no mundo, sobretudo vindos da Síria. Recentemente passou por um terramoto que agravou ainda mais a débil economia do país, acentuando por arrasto o sentimento anti-imigração no território.
Este domingo, a nação vai a votos para decidir se, passados 20 anos no poder, dá uma nova oportunidade a Erdogan, ou se opta pela mudança.