Ministério da Defesa russo anuncia ter frustrado ataque ucraniano contra cinco locais no sul de Donetsk.
O Ministério da Defesa russo anunciou, na manhã de segunda-feira, que as suas forças frustraram, no domingo de manhã, um importante ataque ucraniano contra cinco locais no sul de Donetsk, uma das quatro regiões ucranianas que a Rússia anexou, ilegalmente.
O responsável pela Defesa russa, Igor Konashenko, afirmava que as Forças Armadas da Ucrânia perderam mais de "250 efetivos, 16 tanques, três veículos de combate de infantaria e 21 blindados".
Depois de Bakhmut Donetsk
Após a tomada de Bakhmut, as tropas russas concentram esforços nos arredores de Donetsk, a capital da região com o mesmo nome. A mais militarizada de toda a frente, desde 2014.
Os alvos são Avdivka e Marinka, onde a unidade especial chechena "Ajmat" está, alegadamente, a desempenhar o papel de tropas de assalto que as forças do grupo Wagner desempenhou em Bakhmut.
Um relatório da Defesa russa dava conta, no domingo, da destruição de um depósito de munições perto de Donetsk.
A Rússia afirmava, hoje, ter destruído uma fábrica de drones na cidade central de Dnipro com armas de precisão. Já a Ucrânia relatava a morte de uma criança de dois anos, também em Dnipro, depois de um míssil ter atingido um bairro residencial.
À espera da contraofensiva ucraniana?
Não é claro se é o início da contraofensiva ucraniana. Kiev dizia estar pronta, mas ainda não fez comentários sobre as alegações russas, mas a verdade é que a região de Belgorod tem estado sob ataques ininterruptos há duas semanas. Este é o "elo mais fraco" na fronteira, já que partilha 540 quilómetros com as regiões ucranianas de Lugansk, Kharkov e Sumy.
O exército russo está dividido entre a defesa da sua fronteira, que se revelou altamente vulnerável a incursões inimigas, e o avanço ucraniano para o Donbass, onde unidades chechenas substituíram os mercenários do grupo Wagner.
Belgorod: território russo na linha da frente
A região de Belgorod está agora na linha da frente. O governador local, Vyacheslav Gladkov, dizia no Telegram que há bombardeamentos diários e que morreram sete civis entre sexta-feira e sábado.
Gladkov, que estimou que mais de 4.000 civis já foram evacuados, apelava aos habitantes para deixarem as suas casas. Um milhar de crianças serão enviadas para a península da Crimeia, território ucraniano anexado pela Rússia.
O governador apelava às autoridades para que levassem a sério a ameaça e criassem uma faixa de segurança de 40 quilómetros, na vizinha Kharkov.