Lilia Chanisheva liderou a campanha regional de Navalny às presidenciais e agora foi condenada por extremismo. "Veredito político" e limpeza de Putin, denuncia a oposição
Uma antiga colaboradora do opositor russo Alexey Navalny foi condenada na Rússia a uma pena de sete anos e meio de prisão por extremismo e criação de organização extremista.
A decisão foi anunciada pelo tribunal distrital de Ufa, mas nem isso impediu Lilia Chanysheva de pedir ajuda para libertar a Rússia do atual regime.
"Acreditem em vocês mesmos. Trabalhem para mudanças positivas. Escrevam-me cartas. Eu preciso muito de vocês. Outros presos políticos também precisam muito de vocês e o nosso infeliz país precisa muito de vocês. Também não vou desistir. Acredite que, juntos, podemos fazer da Rússia um país livre, pacífico e humano", afirmou Lilia Chanysheva dentro da câmara dos réus no tribunal onde ouviu a sentença.
A condenação da diretora regional da última campanha presidencial de Alexey Navalny provocou a revolta na oposição russa.
A sentença é vista como um "veredito político" e uma forma de Vladimir Putin enviar "mais um refém para uma colónia penal".
Navalny também está detido desde 2021, já foi condenado por fraude a nove anos de prisão e aguarda nova sentença também por extremismo, que pode elevar a detenção para 35 anos.