Ucrânia procura apoios para acelerar adesão à NATO e Erdogan vai ter uma palavra

Volodymyr Zelenskyy na capital da Chéquia
Volodymyr Zelenskyy na capital da Chéquia Direitos de autor AP Photo/Petr David Josek
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De  Francisco Marques
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Presidente da Ucrânia visita Bulgária e Chéquia em busca de apoio para entrar na NATO. A Turquia é a escala seguinte e há dois assuntos muito importantes na ementa

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O Presidente da Ucrânia realizou uma pequena digressão pelo leste da Europa em busca de apoio para o desejado convite formal de adesão à NATO que espera receber na cimeira da aliança da próxima semana em Vilnius, na Lituânia.

Esta quinta-feira, Volodymyr Zelenskyy esteve na Bulgária e na Chéquia, antes de rumar, esta sexta-feira, à Turquia.

Em Sófia, o líder ucraniano reiterou o pedido de mais armas para reforçar a atual contraofensiva à invasão russa e agradeceu o apoio búlgaro.

"É muito importante que, no meio desta crise moral na Europa, a Bulgária se oponha à política de genocídio que a Rússia está a promover contra a nossa independência e a nossa liberdade. O mais valioso é a compreensão que se obtém dos países, das pessoas e dos líderes que não rejeitam a verdade e que escolhem o caminho moral", afirmou Zelenskyy.

Do primeiro-ministro da Bulgária ouviu o voto favorável a contar com a Ucrânia como membro da NATO na defesa da região.

"Uma Ucrânia independente e soberana é chave para a segurança euro-atlântica e para a defesa da região. A Rússia deve retirar-se incondicionalmente do território da Ucrânia e sair das fronteiras reconhecidas a nível internacional. E deve ser responsabilizada devidamente, nomeadamente por crimes de guerra", afirmou Nikolai Denkov.

Embora o Parlamento da Bulgária tenha aprovado uma declaração de apoio à adesão da Ucrânia à NATO, o presidente búlgaro mostrou-se contra o envio de mais armas para a Ucrânia e privilegiou uma estratégia de paz pelas palavras.

"Gostaríamos que os principais esforços fossem no sentido da paz. até este momento, ainda não usamos todos os meios diplomáticos disponíveis", considerou Rumen Radev, que detém um cargo meramente cerimonial, mas que colhe muito apoio popular e pode dividir o país.

Zelenskyy respondeu ao chefe de Estado da Bulgária explicando-lhe que "a questão não é que Putin esteja em guerra contra" a Ucrânia. "Ele não vai parar enquanto não nos matar. Não se pode negociar com ele", advertiu o líder ucraniano.

Zelenskyy deixou Sófia à pressa, rumo a Praga, onde deixou expresso que a Ucrânia quer "honestidade" na relação com a NATO e disse, ao lado do Presidente Petr Pavel, ser tempo de mostrar "a coragem e a força da aliança".

Em resposta aos jornalistas na capital checa, o Presidente da Ucrânia reconheceu que a contraofensiva à invasão russa "não está a ser rápida, é um facto", mas está a avançar. "Nós não recuamos como os russos. Nós agora temos a iniciativa", assegurou.

Esta sexta-feira, Zelenskyy ruma à Turquia e vai reunir-se com o Presidente Erdogan, em Istambul, onde de novo a NATO, mas também a exportação dos cereais ucranianos devem ser os pratos fortes na ementa dos dois presidentes.

Outras fontes • Interfax, AFP, AP

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