Partidos que compõem o executivo não se entenderam sobre um pacote de medidas pensado para limitar o fluxo de requerentes de asilo para os Países Baixos.
O governo holandês, liderado por Mark Rutte, caiu, esta sexta-feira, por causa de "diferenças intransponíveis.” Em causa estão as políticas migratórias.
De acordo com os órgãos de comunicação locais, os quatro partidos que compõem o executivo de centro-direita não se entenderam sobre um pacote de medidas, apresentado pelo Partido Popular para a Liberdade e a Democracia do primeiro-ministro, destinado a limitar o fluxo de requerentes de asilo para os Países Baixos.
Nem o partido D66 nem a centrista União Cristã deram luz verde à iniciativa defendida de um limite de 200 familiares de refugiados reunidos por mês e um tempo de espera de dois anos antes de poderem viajar para o país.
”Não é segredo nenhum que os parceiros de coligação têm visões diferentes sobre a política migratória. Infelizmente, tivemos de concluir que essas diferenças são irreconciliáveis”, sublinhou Rutte.
No poder desde outubro de 2010, através de diferentes coligações, Rutte tem sido um exemplo de longevidade. É o primeiro-ministro mais antigo da história do país, marcado por divisões profundas.
“Há as questões da imigração, mas também as finanças. Não somos um dos países mais económicos e espero que o próximo executivo venha com mais vontade de fazer as coisas”, sublinhou Pieter Balkenende, residente no país.
O país deverá ir a eleições no outono, de acordo com a britânica BBC.