Num discurso na Transilvânia, Orban volta a atacar a União Europeia

Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria
Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria Direitos de autor Heinz-Peter Bader/AP Photo
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Viktor Orban atacou o "federalismo" europeu; acusou a UE de ser rica, mas fraca, e Bruxelas de conduzir uma "ofensiva LGBTQ".

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Nacionalistas romenos manifestaram-se durante o festival "Tusványos" na Transilvânia, tal como já tinham feito no ano passado. 

O plano inicial era interromper o discurso do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, mas não conseguiram passar da entrada do recinto do festival, onde as forças de segurança os pararam. 

Algumas dezenas de manifestantes seguravam cartazes dizendo: 'Há coisas que são eternas - a Transilvânia é terra romena'."

Um manifestante afirmou: "Viktor Orban tem os mesmos princípios terroristas que o presidente russo, que é um criminoso internacional. Querem ocupar e anexar territórios."

No tradicional discurso neste festival, o chefe do governo da Húngria disse: "A guerra não é inevitável. A condição para isso é que o mundo seja capaz de encontrar um novo equilíbrio. A questão é, como. A verdade é que isso é para os grandes, e não nos deram uma mão. Os grandes atores na cena política devem aceitar que há dois sóis no céu."

A repórter da Euronews, Rita Kónya, aompanha o festival "Tusványos" e lembra: Orbán fez seu primeiro discurso neste festival em 1998. Tinha acabado de ser eleito primeiro-ministro. Na altura, destacou a importância da adesão da Hungria à NATO. Agora falou da UE como uma união rica, mas fraca, que se sente cercada. A UE, disse ele, é um velho campeão de boxe: mostra os cintos, mas já não quer entrar no ringue.

Num discurso muito crítico, ao seu estilo, Orban disse esperar que as eleições para o Parlamento Europeu do próximo ano fortaleçam os governos dentro do bloco que rejeitam o "federalismo" representado pela Alemanha e pela França.

Para além de investir contra o "federalismo" europeu, Viktor Orban acusou a UE de conduzir o que ele chamou "ofensiva LGBTQ", dizendo que seu governo nacionalista protegeria as raízes cristãs do país.

"A UE rejeita a herança cristã, realiza uma substituição de sua população através da migração ... e conduz uma ofensiva LGBTQ", afirmou.

No poder desde 2010, Orban aprovou uma lei em 2021 que proíbe o uso de materiais vistos como promotores da homossexualidade e mudança de género nas escolas, citando a necessidade de proteger as crianças da "propaganda LGBTQ", o que motivou mais um conflito com Bruxelas. 

A retórica anti-LGBT aumenta à medida que crescem os problemas económicos no país. **A inflação anual superou 25% no primeiro trimestre, na Hungria.
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