O anúncio da proibição do uso de uma túnica muçulmana nas escolas francesas está a causar polémica.
O Governo francês vai proibir o uso da "abaya" - uma túnica usada por mulheres muçulmanas - nas escolas, no ano letivo que começa na próxima semana.
O ministro da Educação considera que se trata de um símbolo religioso, sendo a França um estado laico.
Mas uma muçulmana que vive em França explica que a "abaya" é "um vestido para o calor" e não uma "vestimenta religiosa". E sublinha que as pessoas é que querem transformá-la em tal coisa.
A decisão do governo tem sido criticada, nomeadamente pelos partidos de esquerda. Nas ruas, as opiniões são diferentes.
Samyr, reformado, realça que "os franceses não proibiram a 'abaya' nas ruas", o que é sinal de "liberdade" e diz que até é a favor que esta seja proibida nas escolas e noutros locais.
Maya, que trabalha na área da Saúde Mental, considera que "há questões muito mais importantes e pertinentes", como "a situação nos hospitais, as escolas e a vida quotidiana dos franceses, para quem muitas coisas não vão bem".
Segundo o governo, os ataques ao laicismo nas escolas francesas aumentaram 120% nos últimos dois anos letivos.