Dezenas ataques deixam um rasto de feridos e regiões cada vez mais isoladas
As miras russas estiveram apontadas esta sexta-feira ao leste da Ucrânia. Ataques russos que fizeram vários feridos, como este homem que foi retirado dos escombros pelos serviços de resgate ucranianos em Sumy. A cidade está a ser bombardeada desde quinta-feira à noite e, de acordo com as autoridades ucranianas, os ataques atingiram várias zona residenciais.
Outro bombardeamento aéreo russo atingiu um edifício da polícia em Kryvyi Rih - a cidade onde nasceu o presidente ucraniano. Um polícia morreu e mais de 40 pessoas ficaram feridas.
Para lá da central nuclear de Zaporíjia
Uma das principais frentes de combate continua a ser Zaporíjia. Ali, a vida quotidiana dos cidadãos mistura-se com os bombardeamentos.
"No ano passado, o fogo era frequente. Assim que amanhecia, era preciso fugir do quintal, porque os voos eram assustadores," contam Olha Yehorova e Raisa Buriak, residentes em Uspenivka. Quiseram ficar para não deixar os animais para trás: "Temos uma vaca, galinhas, patos".
Na aldeia de Pryvilne, vivem apenas três famílias. Estão, como a maior parte da região, sem eletricidade, água ou gás.
"Eu bebo água da chuva. Fervo-a e bebo-a," explica Halyna Zhovner, sublinhando que, sem rede pública a funcionar, é a única forma de garantir água para sobreviver. Das autoridades locais recebeu um painel para captar enercia e uma lanterna, que veio substituir as lanternas de querosene usadas antigamente quando falhava a eletricididade.
Os habitantes das aldeias de Zaporíjia, dizem que mais de metade da população abandonou a zona desde o início da guerra. Alguns começam agora a regressar para recuperar recuperar os meios de subsistência.