O Kremlin disse que o encontro entre os dois líderes "será uma visita completa" com espaço para negociações.
Kim Jong-un chegou à Rússia num comboio blindado, esta terça-feira, para se encontrar com o Presidente Vladimir Putin, num raro encontro motivado pela necessidade de apoio na escalada de impasses com o Ocidente.
Segundo Washington, o objetivo da viagem é fechar um acordo de armas que permitirá à ao Kremlin dispor das munições necessárias para a guerra na Ucrânia e à Coreia do Norte dispor de ajuda económica e de tecnologia militar.
Os dois líderes não estão juntos 2019. A ajuda de Pyongyang pode ser fundamental numa altura em que a Ucrânia recebe um fluxo constante de armas do Ocidente e em breve receberá aviões F-16.
Para Putin, nada vai mudar. “Os britânicos há muito que entregam estas munições (balas de urânio empobrecido para tanques). Mudou alguma coisa no campo de batalha? Não. Vão entregar F-16. Isso vai mudar alguma coisa? Não. Só vai prolongar o conflito", declarou o presidente russo durante um discurso no Fórum Económico Oriental, em Vladivostok,
Pequim não ficou indiferente à primeira viagem do líder norte-coreano ao estrangeiro desde o início da pandemia. Esta terça-feira, a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês sublinhou as boas relações entre os dois países. Mao Ning garantiu que China e Coreia do Norte "aprofundam os intercâmbios e a cooperação em vários domínios e promovem um maior desenvolvimento das relações bilaterais".