Marina Ovsyannikova foi julgada à revelia por um protesto junto ao Kremlin.
A jornalista russa Marina Ovsiannikova, que ficou popular a Ocidente por se manifestar publicamente contra a guerra e o regime do presidente Vladimir Putin, foi condenada a oito anos e meio de prisão.
Ovsiannikova, que atualmente vive exilada num país europeu, foi julgada à revelia por um tribunal de Moscovo que a considerou culpada de “espalhar informações conscientemente falsas sobre as forças armadas russas”. A condenação deveu-se a um protesto em frente ao Kremlin, em julho do ano passado, onde chamou “assassino” ao presidente russo e “fascistas” aos seus soldados.
Num vídeo anteriormente publicado nas redes sociais, a jornalista já se tinha confessado “envergonhada” por ter colaborado com a propaganda do Kremlin, enquanto trabalhava no Canal 1.
A justiça russa já tinha condenado Ovsiannikova por outras infrações, com base numa lei promulgada logo após a invasão, a 24 de fevereiro de 2022, que permite punir quem faz declarações contra os militares e o governo russo.
Em outubro do ano passado, fugiu com a filha da prisão domiciliária a que tinha sido condenada por um protesto, em março de 2022, durante um noticiário no canal de televisão em que trabalhava.